Dia de feira

Era manhã...

Um burburinho alegre anunciava...

Barraquinhas em fileiras despojadas...

Cheiro de fruta e peixe.

Temperos verdes, tapioca e doces...

Tapetes coloridos, caldo de cana na hora..

Churrasquinho quase frito...

A paisagem é domingueira

E sol anuncia a vida...

Gente simples, trabalhadeira.

O vendedor com seu bordão

“Mulher bonita não paga,

Mas também não leva!”

“Olha a pechincha!”

“Tá acabando”!

“Três por um!”

“Ô Madame:

Não leva nada hoje?”

Alguém diz pra mim:

Feliz dia dos pais! Era o vendedor de milho verde que queria um cumprimento...

Feliz dia dos Pais pra nós! Eu sou pãe! Rssrs

O moço olha pra mim e fala assim : Você é descendente de italiano?

_Não sou não... Sou Pernambucana... Brasileira...

_Olha, é que assim branquinha, com esses traços, bem que parece...

Sorrio e vou com as sacolas na mão...

Na banca de legumes sou freguesa...

Seu José diz: Tá pesado, né?

_Tá sim!

_ Pode deixar aqui você manda!(E chama a filha Luana)

Luana é um amor... Eu digo agradecendo...

Feita a compra Luana me segue com as sacolas.

Tem um 16 anos e é muito educada...

Agradeço e dou-lhe uns trocados...

Ela desce as escadas de casa...

Acabou a feira...

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 12/08/2007
Código do texto: T604064