Fonte inerme

Como se não houvesse mais um tempo de silêncio e vastidão de sentidos, entortaram as lanças da sanidade para cravar em nosso tempo o perdão.

Esse tempo de miséria e de homens de sexos feridos e almas desatentas.

Amar estes homens, é antes de tudo, odiar a cor de meus olhos; é roer as cordas que prendem as horas.

E da vida - relâmpago de chuvas torrenciais além do próprio tempo-, fica sempre um soluço de medo; dessa vida reprimida, vai ficar sempre uma paz repressora nos equilibrando em direção ao porto quando é necessária a luta... Quando é preciso ignorar o sangue nos pés e caminhar sobre as pedras – mesmo sem saber quem cerrou os olhos e as lançou-.

E agora aquelas cores estão tão distantes...

Amanda Cristina Carvalho
Enviado por Amanda Cristina Carvalho em 12/08/2007
Código do texto: T604236
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