As Regras do Jogo
Eu me jogo na idéia de me jogar
Eu me jogo no tatear tudo
Eu me jogo para perceber os detalhes
Eu me jogo para lembrar da existência do abismo
Eu me jogo pra ter movimento
Eu me jogo pra sentir o vento, o sol, e a garoa.
Eu me jogo por não ter um porque definido
Eu me jogo porque o momento passado não é o contrario do seguinte mesmo sendo diferentes
Eu me jogo pra ver o avesso, pra ver o outro ângulo
Eu me jogo para estar
Eu me jogo pra ver o decorrer de tudo
Eu me jogo pra não esquecer do outro
Eu me jogo pra não me prender muito em mim
Eu me jogo por medo de ter medo
Eu me jogo por ser e não ser
Eu me jogo porque amo
E por saber disso
Eu me jogo por admitir
Eu me jogo pelo sonho
Eu me jogo dos pesadelos
Eu me jogo das verdades
Eu me jogo no vício de viver
Eu me jogo no vicio do ver o tempo e senti-lo passar
Eu me jogo no rápido e no devagar
Eu me jogo pro tudo
Eu me jogo pra enxergar uma coisa em dois lugares
Eu me jogo para aproveitar
Eu me jogo pra não me importar que, na verdade, o que existe são só momentos voláteis, que passam como éter
Eu me jogo pro íntimo
Eu me jogo querendo respeito, e só
E me jogo pra jogar a culpa, o que não quero ouvir, o que não gosto...
Eu me jogo do médio.