As Regras do Jogo

Eu me jogo na idéia de me jogar

Eu me jogo no tatear tudo

Eu me jogo para perceber os detalhes

Eu me jogo para lembrar da existência do abismo

Eu me jogo pra ter movimento

Eu me jogo pra sentir o vento, o sol, e a garoa.

Eu me jogo por não ter um porque definido

Eu me jogo porque o momento passado não é o contrario do seguinte mesmo sendo diferentes

Eu me jogo pra ver o avesso, pra ver o outro ângulo

Eu me jogo para estar

Eu me jogo pra ver o decorrer de tudo

Eu me jogo pra não esquecer do outro

Eu me jogo pra não me prender muito em mim

Eu me jogo por medo de ter medo

Eu me jogo por ser e não ser

Eu me jogo porque amo

E por saber disso

Eu me jogo por admitir

Eu me jogo pelo sonho

Eu me jogo dos pesadelos

Eu me jogo das verdades

Eu me jogo no vício de viver

Eu me jogo no vicio do ver o tempo e senti-lo passar

Eu me jogo no rápido e no devagar

Eu me jogo pro tudo

Eu me jogo pra enxergar uma coisa em dois lugares

Eu me jogo para aproveitar

Eu me jogo pra não me importar que, na verdade, o que existe são só momentos voláteis, que passam como éter

Eu me jogo pro íntimo

Eu me jogo querendo respeito, e só

E me jogo pra jogar a culpa, o que não quero ouvir, o que não gosto...

Eu me jogo do médio.

thais rey grandizoli
Enviado por thais rey grandizoli em 12/08/2007
Código do texto: T604575