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Imagem Google


COISAS DA VIDA
Ysolda Cabral



Finalmente o Tempo resolveu abrir,  mandando embora a Chuva, o Vento bravio e o Frio. De portas escancaradas deixou que o Sol entrasse e ele clareando, secando a Terra e aquecendo as águas dos rios e dos mares; reina absoluto por aqui.

Respiro fundo e sentindo a força da Vida, agradeço e me levanto disposta e  feliz. Contudo, algo incomoda e tira um pouco da paz que neste momento sinto. Perscruto dentro de mim e dou de cara com a folgada da tristeza, meio escondida, querendo tomar conta da minha casa, da minha alma, da minha vida... – Ah, mas não vai mesmo!

E, do jeito que o Tempo abriu, eu também abri a porta da minha casa e lhe disse: Ponha-se daqui para fora! Você não é bem-vinda. Descarada como ela só, saiu.  Mas,  ao passar por mim fez deboche dizendo que saia, porém me deixava de lembrança a Saudade. – Que infeliz!...

Bati a porta, sem contemplação, e/ou educação e fui de imediato ver exatamente onde ela tinha deixado a companheira e se havia mesmo deixado. - Pois não é que estava bem dentro do meu coração!

O Tempo fechou, o frio bateu, a chuva voltou... Mas, em mim nada mudou! - Não nasci para ser infeliz.
 
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Praia de Candeias-PE
Em devaneios Poéticos
08.07.2017
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade, sem pudor.

www.fugindodocontexto.blogspot.com.br
 
Para escutar a canção de fundo, acesse:

http://www.ysoldacabral.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=6049007