Balaio de Gato

Eu sou do povo,

cara lisa e mentiroso,

tomo água do teu poço,

como ovo, peido podre,

tua casa é meu repouso

pra passar no meu horário.

Mentindo vou enganando

escondendo o rosto e o que é do povo,

desviando tua verba e tuas vaias,

deixo secar daquele poço,

a água que bebi na tua casa.

Sou uma afronta ao país,

onde impostos nos consomem,

minha refeição é a de Londres,

e ver pobre passando fome,

essa realidade eu só alcanço

em época de eleições.

Faço desfaço, mando desmando,

trocar extintor, jogar fora extintor,

a minha lei me assegura, na nossa constituição,

não levar uma dedada, muito menos camburão,

ser convidado a depor, ter segredo de justiça,

e por ultimo, a roubar sem ser trancado,

mandem prender meu passaporte,

e digam a toda nação...

...tornozeleira eletrônica é pra canela de pobre.