Intimidade X

Mas....e a razão? as convicções? os conceitos arrumadinho que estão nas estantes da mente disponíveis? irei deletá-los? A programação automática que processa todo dia meu pensar e andar...como farei sem ela???

Visualizo estar com a lousa em branco, o giz e o apagador as mãos neste novo contexto, como adolescente que em final de carreira da faixa etária é lançado para vida adulta, seja: indo ao primeiro dia de trabalho, à primeira transa, morar sozinho para estudar, antes da primeira entrevista de emprego, prova de vestibular, ou outra avaliação qualquer.

Vida adulta pede escolhas, e tem que ser líquida e certa para nossa necessidade fecunda, senão! ?! O doce azeda, às vezes, ficando todinho para comermos. E mais, sozinhos!

Num post de uma amiga, li, em letras garrafais: "ser adulto é como se perder da mãe no supermercado para sempre".

Realmente, é esse o tapinha de "pilica", na "cara", que a vida nos dá quando acordamos para ela. Pede atitude...e "das boas"...senão! ...a banda não toca, nem o relógio gira(para nós que assistimos o resultado do serviço "mal feito").

A aventura pede que nesta nova empreitada se leva somente a coragem e a confiança, a intrepidez da entrega à vida sugere desapego ao que "não deu certo".

Tornar indiferente aos pensamentos negativos (dica milagrosa), que cantarolam imitando nossa própria voz:" Uuuuu! Não deu certo! Fracassou otário, perdeu! Perdeu!!!

E como diz a sábia tia. ..sair para o limpo...ir de cara limpa para vida.

Na lama, na baba que digeri em uma das piores fases tempestuosas, me deu somente o caminho da indiferença para suplantar tanta dor, relendo os pensamentos, os sucessos e perdas do passado que a mente trazia ( de bandeja), me levou ao caminho da possibilidade da compreensão "plena", de que faço parte de algo mais, que não demonstra ser apropriado.

Com a lousa em branco, sei que posso utilizar o velho e o novo, ressignificar.

E a mente? Onde estará o "chifre dela para "Eu" dominar?