HELENA
Jovem adolescente e muita vida pela frente.
Morena afeiçoada e olhos pérolas esverdeadas.
Desde de cedo pela vida e jogada pelo mundo.
Os conselhos não tinham mais valor profundo.
Achava que da vida tudo mais já sabia.
Nas ruas e avenidas encontrou a vida louca.
Que sempre almejava e sempre queria.
Às drogas, prostituição e falsas amizades.
Ah! vida louca; sempre dizia que queria viver.
A infinita ilusão.Um preço seu corpo valia.
E assim foi levando num mundo insignificante:
Dos crimes, das drogas e da prostituição.
Entradas na delegacia e medidas sócio-educativas;
nas contas se perdia; não sabia nem dizer; tantos atos que cometia.
Seus pais, sua família; sempre ali para acolher nas tantas idas e vindas.
Mas vida louca era sempre o que Helena queria e sempre dizia.
Um certo dia então, Helena resolveu que queria muito mais.
Se armou de uma quadrada e junto com os “irmão”;
resolveu aventurar tomando uma condução e,
em certo trecho da auto-estrada resolveu anunciar.
Um assalto em andamento e só Helena estava armada.
O sol já anunciava um belo e novo dia raiar.
Com a sua quadrada nas mãos, para cima Helena foi.
Mas um tiro à sua frente surgiu mais que de repente.
Helena não esperava; um tiro bem certeiro parou sua caminhada.
Ainda desesperada; tentou em vão fugir.No chão o sangue jorrava.
No corredor da ilusão um silêncio estático, vendo Helena que ali agonizava.
O sol tão reluzente em seus olhos, com a cor da morte, não mais brilhava.