HELENA

Jovem adolescente e muita vida pela frente.

Morena afeiçoada e olhos pérolas esverdeadas.

Desde de cedo pela vida e jogada pelo mundo.

Os conselhos não tinham mais valor profundo.

Achava que da vida tudo mais já sabia.

Nas ruas e avenidas encontrou a vida louca.

Que sempre almejava e sempre queria.

Às drogas, prostituição e falsas amizades.

Ah! vida louca; sempre dizia que queria viver.

A infinita ilusão.Um preço seu corpo valia.

E assim foi levando num mundo insignificante:

Dos crimes, das drogas e da prostituição.

Entradas na delegacia e medidas sócio-educativas;

nas contas se perdia; não sabia nem dizer; tantos atos que cometia.

Seus pais, sua família; sempre ali para acolher nas tantas idas e vindas.

Mas vida louca era sempre o que Helena queria e sempre dizia.

Um certo dia então, Helena resolveu que queria muito mais.

Se armou de uma quadrada e junto com os “irmão”;

resolveu aventurar tomando uma condução e,

em certo trecho da auto-estrada resolveu anunciar.

Um assalto em andamento e só Helena estava armada.

O sol já anunciava um belo e novo dia raiar.

Com a sua quadrada nas mãos, para cima Helena foi.

Mas um tiro à sua frente surgiu mais que de repente.

Helena não esperava; um tiro bem certeiro parou sua caminhada.

Ainda desesperada; tentou em vão fugir.No chão o sangue jorrava.

No corredor da ilusão um silêncio estático, vendo Helena que ali agonizava.

O sol tão reluzente em seus olhos, com a cor da morte, não mais brilhava.

Bruno Down
Enviado por Bruno Down em 28/08/2017
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