Pouco deusa

Santíssima imaculada, pouco deusa, noviça servente. Os votos de pobreza não te absolveram. Torturaram, mas não mataram em ti a insana pervertida. Você sabe que toda água suja desce pelo ralo. Por medo do submundo, tapou-os todos. Inundada a alma e entre podridão, onde encontraria a pureza que você busca? Virou perda de sentido. O animal que anda nos temidos bueiros te penetra o olhar e de entre rezas te absolve. Ratazanas lascivas oportunistas e pecadores ratos. Fascinantes, te inspiram a procurar quem pode te libertar, abrir bueiros, tampas e te levar subsolo adentro, degustando medo, satisfazendo desejos, entregue ao fluxo e ao prazer.

ElisAndro Luz
Enviado por ElisAndro Luz em 05/09/2017
Reeditado em 09/09/2017
Código do texto: T6105120
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.