Pouco deusa
Santíssima imaculada, pouco deusa, noviça servente. Os votos de pobreza não te absolveram. Torturaram, mas não mataram em ti a insana pervertida. Você sabe que toda água suja desce pelo ralo. Por medo do submundo, tapou-os todos. Inundada a alma e entre podridão, onde encontraria a pureza que você busca? Virou perda de sentido. O animal que anda nos temidos bueiros te penetra o olhar e de entre rezas te absolve. Ratazanas lascivas oportunistas e pecadores ratos. Fascinantes, te inspiram a procurar quem pode te libertar, abrir bueiros, tampas e te levar subsolo adentro, degustando medo, satisfazendo desejos, entregue ao fluxo e ao prazer.