MINHA TERRA

A terra da minha infância muita lembrança me traz...

O sonho do sertanejo encurta a distância é só alegria,

Fez prova de ternura por uma vida melhor ser capaz.

A seca trouxe fome, mas a chuva não virou idolatria.

A terra que o sertanejo ama e mareja os olhos de alegria.

Quando a chuva traz de volta a passarada e a cultura da paz.

Meu incentivo nessa época é aproveitar a água sem alegoria,

É para a terra seca um presente, um brotar em forma tenaz.

Um sol suave alivia o sofrimento e a chuva renova esperanças,

De dias melhores, rios orquestrando melodias e açudes enchendo.

É o sertão recebendo a cena de um inverno cheio de bonanças.

Tempo de pastagens, de verdes colossais de fartura sem fim.

O sertanejo audaz eleva as mãos para o Céu e agradece ao Pai.

Que a chuva jamais desapareça, é ventura, é alento para nós enfim.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- FORTALEZA/CEARÁ