Prosa poética I

O que eu quero hoje, nenhuma canção ou poema é capaz de dizer.

Quero a loucura dos risos ébrios e a sonoridade das palavras ditas a esmo por quem está bêbado de vida.

Mas também quero a calma dos braços amigos que aquietam o espírito e o corpo dos que amam. Quero aqui, neste leito mesmo, onde agora estendo este corpo febril.

Quero as viagens longas: a possibilidade das estradas longas que me levam, apenas levam, não importa onde, desde que levem, mas devolvam com leveza e suavidade.

Mas quero dividir esses quilômetros com conversas tolas, sorrisos idiotas, fotografias ridículas cheias de caretas, beijos, olhos sonolentos, paisagens que somente nossos olhos viram, mas queremos registrar para outrora, recordarmos.

Hilda M Valentim
Enviado por Hilda M Valentim em 23/10/2017
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