Cada dia

Cada dia os sentimentos vão se apequenando, os contatos desaparecendo, as notícias chegam pelas páginas das redes sociais e vemos que não mais reconhecemos certas atitudes que tanto valorizávamos e, também, não condenamos mais aquilo que tanto incomodava.

Assim o que era tudo vai se tornando apenas lembranças, a voz já se ouve raramente. Vamos sentindo quanto pequeno nos tornamos. Temos que abrir as mesmas janelas de outrora.

É assim, aos poucos que vamos matando as lindas flores que a vida nos deu. São escolhas. São acasos, são vontades, são desencontros, são tantas coisas, mas já sem a essência que tudo lubrificava. Assim é que morre o amor. Nunca será de morte súbita, nunca será uma morte trágica. É aos poucos que se ama muito e é aos poucos que se desama.

Aí percebe-se que as metáforas de outrora não fazem mais parte do poema.

Chega-se ao epilogo do que era eterno.

Só a suave música não sai da cabeça e vida a fora provocará lágrimas ao ouvi-la.

Dayde W Nikolas
Enviado por Dayde W Nikolas em 19/11/2017
Código do texto: T6175819
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