Luxos e favelas

As horas penduradas nos ponteiros giram lentamente...

O dia vai passando em frente ao particular de cada ser.

É como folha em branco que se preenche de cores e tons,

ou que apenas se mantém branca na rotina.

A desigualdade social é imperiosa.

Cidades e contrariedades, luxos e favelas.

Há quadros nas galerias denotando milhões em valores;

e há artes maiores no caminhar, olhando o sol e sonhando amores,

a beira das avenidas.

Outdoors e propagandas, folhetos rasgados no chão.

A sociedade abriga humanos; humanos denigrem a sociedade criada.

São tantas paixões em meio ao caos.

Edifícios e casebres se erguendo.

Cada qual arquitetonicamente em sentimentos e vontades;

Como pessoas se erguendo e outras se demolindo.

A vida é um palco em cenas variadas,

com personagens reais, sem história concreta.

Tantas multidões e muitos desertos no meio delas.

Cactos armazenam água para os que têm

coragem de enfrentar os espinhos.

E há também quem tenha sorte de ser direcionado

ou instruído por alguma alma boa, a algum açude sobrevivente.

As horas continuam a girar contemplando luxos e favelas.

E luxos e favelas são tão comuns, dentro de corpos em sentimentos.

Takinho
Enviado por Takinho em 29/11/2017
Reeditado em 20/08/2020
Código do texto: T6185602
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