Meu Presente de Final de Ano

Meu Presente de Final de Ano

Ah! penitencio em meio as culpas, dores e abatimentos, volto bola murcha.

O reluzo lembrando das risadas, que na infância chegava longe, quer viver encoberto neste inverno de tempos.

Quando chega dezembro, florece o uso, costume indicado no rótulo, ação do desejo do bom, do novo, em meio ao estado bucólico que pesa sobre o ânimo de que nada vai bem.

Papai Noel e renas sobrevivem, mesmo que para firmar marcas, perpetuar as narrativas de mundo encantado que diverte as crianças nesta pobre vida, eterniza slogans que imperam no comércio.

Em meio ao entorno, busco sentido para trazer palavras de estímulo aos meus amigos irmãos. Nada.

Depois de instantes de silêncio, respirando neste agora encoberto de nuvens cinzas, ao ouvir as trovoadas dos absurdos que tornaram comum entre os homens, o clarim da esperança soa como melodia de fundo, dizendo:

Vá! Continue a caminhar! Não hesite em participar o quanto pode do silêncio nos dias...tudo será conforme deveria.

Não ouviste? não leste um dia a frase dita pelo Mestre, que o Amor é o fim da Lei?

Compartilho com todos o meu mais profundo sentimento de espera, esperança, desejo de que dois mil e dezoito, apesar de tudo, seja melhor.

Se fosse para pedir um presente ao papai Noel, seria para ele trazer a poção mágica que arrancasse a angústia do coração dos homens, o enfado de viver num mundo desigual, que viesse pintado a face de preto para levar a reflexão da extinção do preconceito de raça, cor e credo, extinção da pobreza de ideia e de pão.

Que o homem evoluisse um bucadinho mais, para por hora cair a ficha de que todo mundo faz xixi amarelo e defeca.

Somente isto bastava para o momento.

Abraço fraterno.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 02/12/2017
Reeditado em 02/12/2017
Código do texto: T6187945
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