Eu não sei o que estou fazendo da vida
Então eu estou aqui
Como se estivesse amordaçado
Como se estivesse preso
E querendo fugir.
Não é de hoje
Que não quero ser mais eu
Mas casualidades da vida
Ando sempre pela sombra
E vou entrando na parte mais escura
Para ver se me perco por lá.
Pensando bem,
Seria uma forma de eu me achar
De eu emergir do escuro
Aí eu poderia inventar
Novas maneiras de me iluminar.
Só espero que não seja tarde
Pois de nada importa se vou morrer
Isso não me dá ânimo nenhum
Em viver.
Talvez lá na frente eu me arrependa
De ter disperdissado essa juventude
Mas no momento não me aturde
E não consigo me imaginar
No futuro arrependido.
Me vejo está da mesma forma que hoje
Um jovem na pele de um velho
Tendo vivido muito mais a vida
Mas ainda sem saber o que fez dela.