Logo atrás , as pedras rolavam.

Não quis olhar para trás,

O chão se desfazia aos meus pés,

A cada passo que dava,

Se corresse , de nada adiantaria,

O assoalho de pedras se romperia,

Tenho medo do escuro, da sombra

Medo do vazio que se formava

A única direção estava à diante

Sempre esteve, só que eu não sabia,

Não posso olhar para trás, não mais...

O que ficou não mais existe,

Então nada restou, além de memórias

Se der um passo, continuarei no abismo

Só me resta seguir, e seguir...

Quem sabe um dia eu possa olhar para trás,

Mas não agora, onde tudo rui às minhas costas,

Sinto o ruído das pedras no abismo.

São as minhas pedras, as minhas perdas...

O que não me pertence, ainda que as quisesse,

Imaginei que não as consegui segurar, culpa...

Como sou tonto, nunca as tive nas mãos...

Não posso reter o que nunca tive,

Sonhos são apenas ilusões de uma noite , de várias...

Enquanto isso as pedras caem atrás de mim...

Só preciso seguir, e seguir...

Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 11/03/2018
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