Lippo, o menino sem olhos

Lippo acordou sem ver a luz do dia

Não ficou com medo do escuro

Pois, acostumado com a escuridão, ele tudo distinguia.

Lippo acordou sozinho naquela manhã fria

Porém não sabia.

Sua mãe havia ido fazer compras

Mas encontrou um ex-namorado, e transou em plena via.

Sua cadela, com raiva foi levada para ser sacrificada.

E seu irmão, o Jô

Estava na sala, com os olhos “grudados” no televisor

(Mas ele não conta).

Lippo, como sempre, tentou se levantar sozinho

(Pobrezinho)

Tropeçou no próprio calcanhar

E com o chão sua face foi se encontrar.

Lá caído ele ficou,

Sentido extraordinária dor

Porém de seu rosto nenhuma lágrima viajou.