Amor em poesia

Um dia, me fiz poesia

para alguém, que não soube ler...

E na tentativa de apagar a poesia

que em mim é essência

e que a ti era dada...

Se esqueceu que sempre me escrevi

com tinta a prova d'água...

E assim em meio a rascunhos,

um amor que nasceu como

uma poesia, acabou como

uma folha de papel,

jogada fora...

Mas nada como um dia após o outro,

para mostrar, que na poesia se brota

amor...

E isso leva tempo para construir...

Então em meio aos carinhos de

alguém, que deseja me ler nas entrelinhas

vou aos poucos abrindo a porta do meu

coração...

Ainda não é amor...

Nem paixão...

Mas tem muito carinho, muita entrega,

muito tesão, muita sintonia...

E nessa leitura diária, ele vai interpretando

minhas dores, minhas cicatrizes, minhas alegrias, meus gostos...

Podem até achar que é rápido...

Mas se formos analisar não é...

Pois para dar uma chance para

o amor chegar e se fazer poesia

não existe tempo... Existe respeito pelo término de um amor passado...

E o respeito da minha parte foi dado...

Agora é hora de olhar em outros olhos...

De sorrir por outros motivos

De segurar outras mãos

Mãos que estão dispostas, as minhas

não soltar...

É hora de estar com alguém,

que abre os olhos da alma para me ler...

Para me aceitar...

Alguém que está resgatando, aquela

menina mulher, que por um tempo

em um canto ficou esquecida...

Alguém que só deseja cuidar, amar...

Que quer estar presente...

Agora é hora de me deixar ser lida

por alguém que quer ficar

e me fazer feliz...