LIMIARES
Beiramos ao tédio
Quando suprimimos os sonhos
Caminhamos ao lado do vazio
Quando só olhamos para trás
Ficamos surdos aos chamados do coração
E isso também é não ter razão
Deixamos de enxergar o essencial
Quando só olhamos para fora
Falamos com paredes frias
Quando, na solidão de alma, perdemos o diálogo
Na consciência disso tudo
Nos afastamos, assim, dos limiares do egoísmo
Não mais indecisos
Não mais perigosamente perdidos...