Cinzas do tempo.
O sono me encara de frente
Minha mente resiste
Encarcerada em meu calvário.
Ecoa a angústia
Em tudo que penso
No diverso horizonte que imagino.
Ah! Olvido imperturbável...
Estás sempre dentro de mim.
Vozes dos mortais, em cenas reais
Que se afeiçoam aos pedaços
Penetrando em nosso ser.
Turva e escurece meu gozo
Neste suave lampejo.
Quebranto desta alma perdida
Esquálida que me ilumina.
Ai de mim, na consumação héctica
Ardente de febre, na loucura da insônia
Mortificada, como poeta da amargura.
Fernando A. Troncoso Rocha.