A casa ... sem você

       O silêncio se fez na casa. Não existe mais aquele doce olhar me acompanhando por onde passo. Casa desértica, vazia, sem graça. O barulho de crianças lá fora não me alegra a alma. Não tenho esperanças de um dia voltar a ser feliz sem você, sem a sua meiguice. Vou ao jardim, olho as flores. Parecem sem viço. Você não está ali a apreciá-las comigo. A dor da ausência machuca muito. Transporta- me sempre a uma  dolorida saudade. Por onde andarão seus olhos meigos que não me acompanham mais? Sempre existirá em mim esse conflito. Por que partiste prematuramente? A vida é efêmera e sádica, às vezes. Arranca-nos sem aviso um tanto que temos de felicidade.
       Fixo meus olhos   no sacrário. Peço por mim, por ti.  Quem sabe um dia nos encontraremos, anjo doce e puro pelo qual fiz muitas renúncias e que me foi arrrancado repentinamente de meus braços.
Vilma Tavares
Enviado por Vilma Tavares em 24/05/2019
Reeditado em 24/05/2019
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