versos livres, incontroláveis...II

Versos livres, incontroláveis... II

Faze-lo-ei vislumbrar com os olhos do espíritos

as esculturas de amores num verão ardente.

Curvem-se as máquinas de ferro ou carne ao observarem a soberania dos sentimentos!

Mostraste-me num dia cinzento no qual eu andava só,

um mundo completamente distinto em valores.

Onde o espírito sobrepõe a matéria e ao mesmo tempo promove comunhão com a mesma quando se esbalda num universo de paixões.

Este que te ofereço está num território insondável e reprime tudo que há de mal em mim.

É o mais puro e vívido que eu poderia conceber

é tamanha a sua força que temo não conseguir conduzi-lo,

é tão apaixonante e incrível que encanta de maneira indefinível.

Eu ofereço todas as minhas verdades e ilusões camufladas abertamente.

Escrevo-te um emaranhado de versos escorregadios sob um céu feito de um nada infinito

que desfila entre pilastras de estrelas.

Escrevo-te num balanço imóvel o que nem sei como vais classificar. Escrevo-te,

e só me detenho quando de tanto fazê-lo a caneta treme e o cansaço ressoa. Digo para as paredes como que para ti: “Escrever-te-ei um poema com o qual eu sei que vais se identificar, não saberia precisar nada de tal criação hoje... Mas, mas eu garanto! Vou escrever.”

Brianna Gordon
Enviado por Brianna Gordon em 26/09/2007
Reeditado em 25/10/2007
Código do texto: T669038