versos livres, incontroláveis...II
Versos livres, incontroláveis... II
Faze-lo-ei vislumbrar com os olhos do espíritos
as esculturas de amores num verão ardente.
Curvem-se as máquinas de ferro ou carne ao observarem a soberania dos sentimentos!
Mostraste-me num dia cinzento no qual eu andava só,
um mundo completamente distinto em valores.
Onde o espírito sobrepõe a matéria e ao mesmo tempo promove comunhão com a mesma quando se esbalda num universo de paixões.
Este que te ofereço está num território insondável e reprime tudo que há de mal em mim.
É o mais puro e vívido que eu poderia conceber
é tamanha a sua força que temo não conseguir conduzi-lo,
é tão apaixonante e incrível que encanta de maneira indefinível.
Eu ofereço todas as minhas verdades e ilusões camufladas abertamente.
Escrevo-te um emaranhado de versos escorregadios sob um céu feito de um nada infinito
que desfila entre pilastras de estrelas.
Escrevo-te num balanço imóvel o que nem sei como vais classificar. Escrevo-te,
e só me detenho quando de tanto fazê-lo a caneta treme e o cansaço ressoa. Digo para as paredes como que para ti: “Escrever-te-ei um poema com o qual eu sei que vais se identificar, não saberia precisar nada de tal criação hoje... Mas, mas eu garanto! Vou escrever.”