Breu

Eu abro a porta de casa e apago todas as luzes. A penumbra me conecta ao corpo. Físico condutor do meu existir. Lembro a firmeza da terra. Fisgadas me lembram os (des)cuidos cultivados com o tempo... Eu ainda sei onde tudo está. Cada coisa deixada ainda habita minha memória. A respiração assume outro ritmo. As águas que escorrem levam bem mais que a poeira do dia. Preparo a refeição que primeiro me sopra aos ouvidos. Assumo outro passo. Sou casa da lentidão. O escuro me lembra o caminho. É aqui que eu me acho....

Marii Andrade
Enviado por Marii Andrade em 30/09/2019
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