Eita Geração

Agora eu te prigunto

Pra donde é que vai o mundo

Ondé que anda a humanidade

Eu fico observanu ,

Esse povo de carça curta

Não tem dó nem piedade

Adonde foi parar o costumes

Adonde foi parar o chapéu

Aqueles home de bigode

Com lencinho na gibeira

que oferecia pra moça um anel

Adonde foi parar a beleza

de amar a todos até na pobreza

hoje em dia não existe gentileza

Aí eu te pergunto

pra donde vai a humanidade

Adonde foi parar a beleza

de todo mundo junto comendo na mesa

e rezano antes de alimenta

Adonde foi parar a harmonia

do povo que vivia com alegria

e sem nada ter pra variar

Adonde parou o respeito

daquele que cê tem pelo sujeito

mesmo sem se conhece

Adonde foi parar a crença

que pra cresce é preciso tomar bença

de manhã cedo e na hora de deitar

Adonde foi parar a leitura

ajuntava todo mundo

e era aquela gostosura

ouvir a mãe conta

que o saci com uma perna só

se revirava de tanto pula

aí eu te prigunto

pra onde vai a humanidade

esse povo cheio de mardade

com tão pouca gente pra amar

e sem vergonha de mata

Aí eu te prigunto :

Eita geração...

Adonde foi que cêis deu errado...

*Claúdia Maria Gonçalves Dias

** Texto premiado com o 3º lugar (categoria prosa) na OAB Divinópolis no Concurso Primavera Literária em 27/09/2019

Claúdia Maria
Enviado por Claúdia Maria em 22/10/2019
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