Eu, vós, nós todos.
Estaria eu, vós, nós todos, em um boteco a beira do mar, sento, senta-te, sentamos nas cadeiras e aproximamos as mesas, pedimos as mesmas cervejas. Ao encontro com o garçom, ao invés da cerveja de sempre, peço uma dose de wisk ¾ no copo, com muito gelo, belas moças deleitam-se nas melhores bebidas, jogo meu wisk fora, penso.
- Por que não um vinho?
- Acalma o coração.
- Mas por que não?
- quero-me embriagar, o dinheiro ta pouco e a vida é curta.
Espero anoitecer, eu, vós, nós todos ainda sentados, naquele bar, enchendo a cara, como todos os amigos de Esparta, somos poucos, gritamos e lutamos até o ultimo copo. A luta não está nas guerras, às guerras estão em nossas mentes, como um copo de cerveja até ultima, única gota, no carecer da última ceia. A fumaça que sai do meu cigarro é tão bela, se dissipa em meio à imensidão, fina ou espessa ela é suave e mal cheirosa, estraga meu pulmão e minha vida. Peço um cigarro ao garçom:
- Amigo! Por favor, traga-me um cigarro, os mais barato, o melhor.
- O garçom responde:
- O mais barato custa dois mirreis e estraga sua vida como qualquer outra forma de morte lenta e dolorosa.
- Está certo, traga-me a minha nicotina, o meu tabaco o meu companheiro inseparável.
“São noites frias como essas, que o meu cigarro é meu melhor companheiro mesmo nas horas de farras clandestinas com os compadres e as comadres”.