Não há pecado, nem nada a ser perdoado...

Depois eu falo desse Deus dos templos frígidos e luxuosos... Agora eu falo do Deus que está na manhã que raia, no sol que brilha, nos pássaros que cantam e revoam pelos céus em bandos, do Deus que está no ar fresco das montanhas verdes, nos peixes e nos rios, nos prados e recantos da terra.

Depois eu falo desse Deus das velhas e antigas escrituras... Agora eu falo desse Deus que está no sorriso da criança, que dança nas festas das famílias, que sabe que nem tudo é pecado, pois que foi Ele quem nos deu para que apreciássemos; não julgues que tudo é maldade do anjo mal.

Depois eu falo desse Deus que me ensinaram árbitro cruel... Agora eu falo desse Deus que não mete medo em mim, que não me julga nem critica; porque Ele é amor puro. Se temos emoções, livre arbítrio, limitações, prazeres; não há pecado nem nada a ser perdoado, nem há castigo por vivermos bem.

Depois falo desse Deus que separa tudo em céu e inferno...

Que Deus criaria o inferno para queimar filhos que não se comportaram como os códigos “ditos” sagrados? Que Deus criaria tantas culpas nos corações dos seus filhos? Que Deus não quer apenas que respeite o teu irmão como a ti mesmo?

Depois eu falo desse Deus que me ensinou que a vida é um ensaio para o Paraíso. Agora eu falo do Deus que me fez livre, que nos deixou ver que não há prêmios nem castigos celestiais ou infernais, esse Deus que me deixa ver que o céu e inferno é a gente que traz para a vida da gente e que tudo depende é como agirmos!