Ouro

Há em mim uma pequena que parece verso eterno a compor-se novo. A pequena que em mim se encontra por encontrar a porta aberta, não faz cena: é serena, mas persistente; e insiste, indiferente, em ser sincera e em crer em sonho que só sonha quem crê em sua criança.. É ela quem me clareia as cores onde penso que pintei o breu. E ela tanto me faz o sonho, a esperança, que convenceu como é real fazer de conta que eu é que sou dela, da pequena que me nasceu.