ESCRITO 2

E mesmo sem te ver... Acho que estou indo bem (ouvindo Giz, de Renato Russo)

Sem você. Nada talvez tenha sido por acaso. Nem eu. Nem você. Ninguém. Ou talvez tenha sido para que nós percebêssemos que juntos tudo era uma questão de tempo. Tudo passa. Eu. Você. Nós. Diante de tudo isso eu permaneço aqui. Sem voz. Era preciso estar contigo e deixar o grito voar. Sair sem limite. De tempo. Espaço. Rumo maldito de noites desvairadas pela cidade deserta. Riso solto. Ou quem sabe um bicho. Frio na alma. Canto pelas esquinas o canto também dos malditos. De voz. De sonho. De vida. Ou morte como desespero da alma sedenta de vida. Fui no teu íntimo para perceber que entre nós só o abismo. Lentidão de lâminas afiadas. Garras felinas no copo de plástico. Tempo necessário para fugir de ti. Palavra nenhuma demonstraria minha solidão em tua companhia. Mero acaso de sonâmbulo. Corro no apartamento. Vazio. De mim. De ti. De nós. E o tudo se tornou NADA.

ginaldo
Enviado por ginaldo em 17/05/2020
Código do texto: T6949916
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