Dançando na chuva
Na espreita da espera
Fazem-se razões de guerra.
Sugo a bebida, sugo o cigarro!
No mundo arquiteto
Onde corre o arrepio silencioso.
A letra, eu a trago em meu peito.
Gardênias no verso de cada bloco
Gentis em meu pacto de silêncio.
Explosiva mistura
Contraída aos lobistas
Proprietários da poesia.
Danço na chuva
Encantada de prazer
Na cidade de folga
Entrevistada nos bastidores, por algum poeta...
Solidário e venerado pela tristeza
Deflagra ao espaço ocupado
Na enfadonha viajem que faço.
Brincando aqui, sei nada!
Poderia aqui, ser mais uma estrela
No amor pela riqueza
No amor pela beleza...
Mas, sou o livro repetitivo
De algumas aulas particulares.
Significado do que eu faço?
Acostumado a perder
Em algum negócio sério!
Enfadonho professor
Não seja gigolô
Nesse arranjo de idéias!
Palavras proferidas de fé
Em seu habito de celebração da vida
Entre debates do reconhecimento.
Em minh’alma
Corre a maior chaga
Entre passos teus e meus.
Lágrimas de areia
Fecundam nosso gozo
Na intolerância de nossos seres.
Bendiga seja a música
Bondosa e justa
Na dança do que se crê.
Fernando A. Troncoso Rocha