SOLIDÃO...
 
As densas nuvens escuras impedem o espetáculo do pôr do sol,
enquanto minha alma nublada de tristeza, definha...
A dor da separação, como as dores de parto, me contorce
 e um grito retido nas entranhas me angustia...
As melodias de fundo dos poemas que te fiz,
ecoam dentro do meu peito, contrafeito...
A saudade me afaga com as mãos ásperas,
ferindo o meu frágil coração...
Tudo é monotonia e o tempo desfia as horas sofridas...
Minhas mãos vazias deslizam sobre o teclado mudo,
como o silêncio que me rodeia...
Quantas palavras de amor digitei com essas mesmas teclas,
que agora emanam tanta amargura...
A tua ausência me oprime a cada segundo
e o meu mundo tornou-se incolor...
Meu pensamento deseja conectar-se com o seu,
ardentemente, magicamente...
Porém, como a telepatia é apenas uma utopia,
rendo-me à esta fria solidão...



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