Calo-me, e aprendo

Calo-me, e aprendo

Não vejo cor. A tinta, que era servida na bandeja pelos decoradores que maquiavam o real funesco, foram para casa.

Triunfa a dor e o luto de não poder fazer nada. Reina o caos.

Não quisera ter nascido em outra época, vivido no cetim das festas badaladas que meu corpo muitas vezes se deliciou, nem beijado o beijo mais sincero.

Sem incompletude e sentimento negacionista. Mesmo curvada e vencida diante do fracasso do mundo, da tentativa de sucesso e vitalidade de si mesmo para seguir, confirmo as vicissitudes humanas, que são velhas, somente reiteradas num outro cenário.

Tenho em mim o fato consumado, direito da ter tido a oportunidade de viver neste agora, que tanto os sábios e entendidos prenunciaram temeridade de ocorrer por entre os dentes .

Mesmo que meu ser não admite acostumar com a mortandade, nem com a desumanidade, que não desistem em sobreviverem, o Sol irradiante do espírito brilha no coração, deixando se ver somente pelo sentir seu calor amoroso.

Muito embora a amargura quer rondar, e o desolo encontra correspondência com as circunstâncias minuto a minuto. Tenho um magnetismo que vem de dentro, que não oscila. Mantém-me na experiência de ser gente.

Por detrás da máscara que encobre parte da face, me calo, a nudez do mundo é notória. E “eu “ no aprendizado.

E a degeneração humana desencadeada, como que Deus quisesse refazer o mundo dos homens.

Nunca vi, pela atividade do mundo, Deus tão de perto.

Os tempos chegados são.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 29/05/2021
Código do texto: T7267204
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