Pequeno Colibri
Imersa em meio às sinapses da minha mente,
Decifrando imagens, que se formam em passageiras nuvens.
Embalada com as notas melódicas e harmônicas de Eric Satie em gymnopedie N.1,
Que delicadamente, rege a nuance de mudanças abstratas nas nuvens ao vento sopradas
Guiando me de súbito, a palavras que se formam em um quadro invisível mental,
Acompanhado da imagem de um lindo pássaro, de plumagem furta cor reluzente, em tom azul esverdeado.
Todavia, as palavras aparentam estar sendo verbalizadas através dos olhos e do cantar do animal alado
E tão logo, posso ver sentido nesse pequeno parágrafo.
Não se prende o que é livre, cultivamos o carinho, o amor...
Cativamos... E lentamente, dia após dia, ganhamos a confiança de poder permanecer próximo,
Mas se de salto te aproximas, logo o ser liberto se assustará
Consequentemente, se afastará e temera que sejas mais um aprisionador.
Mas não te surpreendas, quando por cuidado e afeto doado
Recebas em retorno, a agradável presença do ser liberto
Rodopiando, cantando, criando memórias em meio ao seu jardim
Contudo, mantenha sempre em mente, assim como a chuva e a terra são pares em comum,
Que tornam o solo mais úmido e propício ao plantio,
Existe uma medida certa entre ambos, que somente a própria natureza sabe ditar.
Então deixa estar, deixa o ser livre ir e voltar
Assim como as ondas do mar, as mares do oceano, a noite e o dia,
Porque, se dentro do cerne deste ser o solo tiver sido bem cuidado,
A semente será germinada e logo surgiram novos brotos
Guiando no caminho de volta a você.
Entretanto, se não retornar,
Não te entristeces, nem mal digas
Lembra, que nada é permanente
Tudo está de partida,
Compreendendo que finalmente aprendeu o que é amar.