SOU QUASE FELIZ

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Tem dias que sinto a espada cortante da saudade atingir meu coração,

já tão ferido e maltratado!

Tem horas que passam devagar, deixando perfumes de flores silvestres numa tentativa de alegrar meu coração sofrido.

Às vezes o vento, quase briza, passa brincando com os meus cabelos e segue adiante...

Nunca soube para onde ele vai, as vezes passa tão apressado, outras vezes tão calmo, até tem tempo de fazer um carícia em meu rosto.

Então, na quietude da tarde sonolenta, sou quase feliz!

Não sei o que é preciso para ser sempre feliz,

mas imagino que deve se ter a alma leve e o coração

inteiro, como o de uma criança que ainda não conheceu a dor.

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Ignez Freitas.