Penso, logo existo... mesmo errando.

O pensamento do grande filósofo, Descartes, “Penso, logo existo”

tem me tirado o sono e me fazendo pensar muito.

Na verdade, Descartes retomou um pensamento de Santo Agostinho:

“Se erro, existo” onde se conclui que mesmo errando...

O indivíduo, certamente, tem que pensar. Caso contrário não existe.

Então, se penso, existo. E se não pensar, mesmo errando, não existo.

Logo existo, se existo, vivo e vivo porque penso.

Será que existir é o mesmo que viver?... Acredito que sim.

Porque atualmente não gostaria de pensar em nada, só viver...

Mas esta é uma façanha difícil, porque viver é movimento.

Por isso meu cérebro está sempre inquieto

E não me deixa descansar um minuto

Será que quando durmo penso?

Não sei... mas creio que sim, se existo...

Pela manhã já estou pensando em tudo.

Já planejo todo o meu dia, ou pelo menos tento.

Às vezes não dá certo, mas considero normal.

Afinal, há sempre uma flexibilidade naquilo que se planeja

Há sempre interferências internas e externas.

E o interessante é que meu cérebro sempre

Substitui alguma coisa por outra

Ou então filtra o que era mais importante

Ainda bem, porque penso que se não fosse assim

Seria bem pior, pois sou daquelas que acha

que o tempo é sempre curto...E aí minha cabeça entraria em parafuso.

Percebo que meu pensamento voa, dá cambalhotas, se espalha...

Mas o meu cérebro funciona direitinho: dá uma trava e pronto!

Não tenho outro jeito, caio na real e tenho que me conformar.

No outro dia começo novamente a pensar...

Como será o meu dia?...

E assim nesse penso, repenso e dispenso, vou vivendo.

Mas o mais importante é a grande certeza

De que não vivo e não existo sem pensar, mesmo errando...

Descartes e Santo Agostinho estavam certos.