Terra

Senhora triste e desejada

Aos inóspitos errantes

Cíclicos que cospem fogo.

É ninfa bela

De desejo eterno

Do fauno que te habita.

Na calada sombra de tua angústia

Gritas antecipada a tua morte

No cilício de teu aspecto.

Dentre os evoluídos olhos de vento

Que criam rios e tempestades

No proveito temporal do presente.

Dás vãos apelos e acenos

Ao cardo que te devoram

Em seus falsos desejos de sepulto em vida.

Fernando A. Troncoso Rocha