BIBELÔS
Deixa me descansar os olhos no escuro da noite
Quase nada vejo deste ângulo da janela
Aquilo lá é o verde?
O rio pra onde?
Deixa me estar nesta cadeira incômoda
Olhando sem ver as unhas dos pés
as plantas carpindo a terra exausta
No canteiro mudo e eu de testemunha
Nada me peças neste instante de desmantelo
Que quando me quedo assim na borda dos desejos
Até os pássaros de louça se aquietam no arremedo do sossego que conhecem da vitrine