Ah!Poderia Ser Pior!
Como seria cruel a vida, se não tivesse dado conta de viver comigo dentro do corpo.
Quando respiro, ao expirar, sento junto com o exaurimento do ar.
Aquilo que Eu Sou, acomoda no interior, de modo que não existe nenhuma fresta, vesga, brecha para desconfortos.
Não que eu arrume o assento, mas o fenômeno da naturalidade do rejunte se apresenta.
Respiro junto comigo, mesmo que o drama da existência continue, vejo tudo com parcimônia.
Foi resolvido internamente o desespero de ser gente.
E nestes dias, tenho convivido com muitas tralhas produzidas pela mente que porto, danificando as condições para o estar, levando o ser a picos de ansiedade e insegurança.
Quando tudo parece tempestade, aquieto logo o barco com o simples ato de respirar, tomando a atenção da direção.
Parece poesia...mas é como se Ele, o Eu que me dá casa, vai desacelerando a inconstância do percurso, e tudo volta ao estado estático de antes.
Vejo o barco e as ondas do mar indo se ajeitando, até que Eu e o oceano somos Um.