Não Declinarei em Segui-la

Sangra m’alma, os pés tiveram inflamados, o inchaço deles , as dores que a circulação impôs ao andar, denunciaram o efervescer do instinto!

As machucaduras nas mãos e pés de Cristo, servem de expiação à minha diminuta razão, e ao obstinado, birrento, marrento propósito de servir , e obedecer ao destino.

As chibatadas cruéis e injustas desferidas em face do mestre, aquelas que o iluminado levou ao ser crucificado, vem responder aos porquês, de forma permanente, dos motivos do sobreviver dos inarredáveis arquétipos humanos de muitas almas, os que não alcançaram o emergir em si da plenitude do amor incondicional.

É aqui o palco das escolhas. Terra.

Estar viva, traz-me à tona. Borbulho, eu e os acontecimentos.

Nunca como antes, as fezes que secreto, a urina que expilo, tiveram tanto sentido, lembram-me do que tenho que fazer com tudo que rumina no pensar nestes últimos tempos.

Estamos sento experimentados pela natureza corpórea, as estruturas do pensar e da natureza da Terra estão sendo chacoalhadas, revelando a cruel realidade da fragilidade e falibilidade da natureza inferior do corpo, e a condição humana ditando os rumos da história.

Sinto, no corpo físico que dá casa ao emocional que uso, como que estar a chacoalhar dentro de um carro, andando em estrada de chão.

O ponteiro, o farol que sinaliza por onde passar, e a escuridão, querendo invadir o interior do veículo, o faz parecer oscilante.

Só resta segui-lo, ainda bem. Tenho somente ele de norte. O Ponteiro luminoso Divino que reside no coração.

Eu, e toda gente, condenados a estar na eclosão dos fatos, a estarmos submetidos às consequências desencadeadoras do agora que instaurou.

Eu, a luzinha pendular que me guia, e a estrada.