A Rua

Ainda estava lá, a pequena rua curva sem saída

Era estranha, pois já fazia algum tempo

Que os meus olhos não a viam tão falante e pegajosa

Tão cheia de vida, maninhas de abraços.

Não a via tão colorida, antes era morta

Não havia sorrisos, apenas medo

O que não era normal, passou a ser normal

Depois que uma "guerra", abraçou a humanidade

Só silêncio na alma, provocou o medo na rua

E os sorrisos se foram

Mas o que esperar! Daqui alguns anos!

O sossego de um olhar

O abraço de um abraçar

A passeata nas ruas e o aperto de mão.

Começar tudo de novo, a vida a liberdade

A criançada na praça, tão cheia de vida

A rua largada tão cheia de si!

De sapatos e salto alto das mulheres ocultas

Fazendo sua graça no tempo que passa.

Oh! Minha vida tão perpétua

Hoje sai na rua, cheia de mim, plena de virtude

Espojando sabedoria e criatividade pelo mundo que vibro

Gratidão pela vida que corre em sigilo

Neste mundo de paz, aonde a própria cura

Curou a humanidade.

Oh! Que maravilha poder sorrir, depois que "tudo se foi"

O que esperar do futuro. Oh! Glória!

Os sobreviventes do começo" da guerra".

O que acontecerá depois, depois dos 50 ou 100 anos

O que contar para os pequenos futuros

Uma história de luta, vitórias e sobrevivência

A mudança de tudo é o que conta

Um mundo diferente, mais humano

Aonde a harmonia e a empatia se tornou a palavra- chave

Uma "guerra contra o tempo".

Acordou a humanidade!

O próprio cárcere definiu as consequências.

A distância construiu a esperança

A esperança nos levou a fé, de que tudo vai ficar bem.

Bem melhor!

Depois de muito tempo, a liberdade!

A igualdade entre as raças!

Aqueles que morreram deixaram um pouquinho delas

Uma saudade e tudo aquilo que as tornaram boas.

O que aprenderam os que ficaram!

Cada um se tornou um ser melhor ou não!

Mas, essa passagem toda, todos vão ouvir falar

Por que a "guerra" que eu falo aqui

Nada mais é, que a própria mudança interior

Que suplicavam, pela liberdade de poder voar

Pelo desejo de abraçar pessoas queridas

O pior foi o sorriso que vivia escondido

Por detrás de uma máscara

Que diziam evitar contágio

De um vírus que dominou o mundo.

O que eu levo hoje!

A gratidão de poder viver mais um dia

De levar a minha história, a sua história e a nossa história

Para os futuros do mundo.

Assim seremos lembrados pela nossa história

Das histórias, das histórias que os futuros vão contar.

Sobre aquela rua curva!

Nós tempo da pandemia.

(Kitaa Rodrigues MCR em 19/05/2021)