Aurora do amor

É cardeal do ingênuo artístico

Oferenda sem cerimônia,

Do encalço contíguo e abstrato

Lépido como um relance.

É córrego da procissão que chora

Na configuração sem forma e cor

Do enigma rude da dúvida

De ternura inquieta e malferida.

Na escultura da opulência

Rezareis à dor longa,

Pálida e sombria

Da aurora do amor.

Fernando A. Troncoso Rocha