Fiquei Assim

Nunca, como agora, o silêncio me superabundou, fazendo de mim serva, impondo-me introspecção.

Rastejo com meu ser em meio às palavras mortificada, asas enfraquecidas diante dos acontecimentos.

Chego a ser rondada pela inveja ao avistar as certezas. E eu, tão estéril de prognósticos e diagnósticos.

O que me tem salvo é o que me acompanha no que me resta de dignidade ao ser humana num corpo decadente, numa civilização decadente.

É o Amor Divino que me umidificou por dentro, encharcando a vontade que vivia ígnea de ir embora na mente que porto, abrandando e aquietando as loucuras que viviam imanentes, as velhas certezas que me polarizava.

Acalma-me quando aprecio a beleza sem palavras de minha filha, o cachorrinho da casa dormindo, regando as flores do jardim de casa

Vive em mim um lado aguerrido manco, que desistiu dos armamentos de guerra, usados em vidas.

Aquietou o ímpeto para impulsionar passos para estar a convencer com conjecturas.

Ó, Sol imperial que nos capitaneia!

Nutre as águas de estab

ilidade, continue a saciar m 'alma do estar da bem aventurança.

Ó, Sol que domina o Caos, tudo imanta e irmana! amálgama que mantém a estabilidade e funcionamento dos elementos, permita-me continuar junto à Fonte Imorredoura, manancial todo penetrante.

Água da vida!! Aquela que saciará a Alma da sede de vida. Aquela que alcançar, pelos próprios esforços, a libertação do materialismo infernal dos mundos.

Que eu continue sendo saciada por ela.

E o Sol Divino, que me conduza ao morrer de sede por ela todos os dias.

Viva à vida!

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 24/10/2022
Reeditado em 24/10/2022
Código do texto: T7634604
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