A insólita teoria dos vetores emocionais

Eu não sinto saudade e não compreendo o amor

Mas confesso que dói não retribuir esse ímpeto fervor

Dói quando alguém diz que me ama e falto com retribuição

Dói não responder. Dói tamanha e pura incompreensão

Consigo ver essa equação e o resultado tão esperado

Percebo todos os graus da relação sujeito e sujeitado

Entendo o conceito da constante emocional

Dos valores que subtraem e até o que se torna exponencial

Mas o EU, que deveria ser uma incógnita assertiva

Ao invés de ser exato, coloca tudo á deriva

Essa expressão, outrora uma matemática básica

Agora apresenta uma polaridade questionável e fásica

Sou irreal em uma ciência aplicada. Nasci totalmente variante

Sou um conceito que não estabelece equilíbrio de tão inconstante

Altero freneticamente a perspectiva do que decretou-se como compreendido

Coloco todo o quadro em um plano onde até a gravidade encontra outro sentido

Acredito que o meu propósito é enxergar o problema

E, por fim, escrever essa teoria em um notável esquema

Eu quero achar resposta, a almejada solução

Mas basta olhar no espelho...

Sou eu... O grande e genérico X da questão