As Crianças Pedem para Brincar
Como o nariz dilata após viver o prazer de um espirro, o ser depois do orgasmo, o chão espalhado no leite derramado, a terra impregnada do encharco da chuvarada, o coração também vive o sintoma de engasgo.
Pensa!no refluxo das coronárias? Quando vejo tudo operando o refugo, duques e plebeus se desmontando nas razões permutadas, máscaras sendo redesenhadas para continuidade da escrita do roteiro, vida. E as crianças pedindo por brincadeiras.
O choro que choro derrama por dentro, como a chuva lá fora, que de tanto infiltra até no ferro, oxidando tudo que é corrosivo.
Que sobreviva gente que ainda possa dialogar nas diferenças, e ainda fazer piada, transar como os da mesma espécie, não dispensando nem mesmo um acasalamento informal despretensioso com aquele que foi desafeto no ontem, caso queira, o cenário mude, e a fumaça é dissipada pelo Sol da lucidez, que elucidará as mentes para não tornar tudo em guerra.
Que a chibata e o horror ficam reservados por detrás da história, e os homens não obstruem entre si o contato entre almas nesta nova era, a da consciência, cuja base é o Amor e a Justiça Divinos.
A natureza operará a mutação da raça, indeclinavelmente.
Que prevaleça o que temos para hoje, o uso dos instrumentos para pacificação conquistados, existentes no interior de cada ser, Alma Humana.
Teremos que dar conta do amanhã, as crianças pedem brincadeira, entende?