As Crianças Pedem para Brincar

Como o nariz dilata após viver o prazer de um espirro, o ser depois do orgasmo, o chão espalhado no leite derramado, a terra impregnada do encharco da chuvarada, o coração também vive o sintoma de engasgo.

Pensa!no refluxo das coronárias? Quando vejo tudo operando o refugo, duques e plebeus se desmontando nas razões permutadas, máscaras sendo redesenhadas para continuidade da escrita do roteiro, vida. E as crianças pedindo por brincadeiras.

O choro que choro derrama por dentro, como a chuva lá fora, que de tanto infiltra até no ferro, oxidando tudo que é corrosivo.

Que sobreviva gente que ainda possa dialogar nas diferenças, e ainda fazer piada, transar como os da mesma espécie, não dispensando nem mesmo um acasalamento informal despretensioso com aquele que foi desafeto no ontem, caso queira, o cenário mude, e a fumaça é dissipada pelo Sol da lucidez, que elucidará as mentes para não tornar tudo em guerra.

Que a chibata e o horror ficam reservados por detrás da história, e os homens não obstruem entre si o contato entre almas nesta nova era, a da consciência, cuja base é o Amor e a Justiça Divinos.

A natureza operará a mutação da raça, indeclinavelmente.

Que prevaleça o que temos para hoje, o uso dos instrumentos para pacificação conquistados, existentes no interior de cada ser, Alma Humana.

Teremos que dar conta do amanhã, as crianças pedem brincadeira, entende?

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 11/01/2023
Código do texto: T7691892
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.