Dentro, no Centro

Às vezes me deixo ir mais para baixo, subsolo do que sou de Alma e corpo físico. Buscando refúgio no lago sem nada que me aconchegou, me completando em amor e sentido.

Não me enxergo, não me vejo, somente me sinto Nele.

No nada, lago sem nada amoroso.

E saber que quando chego no, basta! não tem nada de, basta! é porque chego no fundo sem fundo e estabilizo.

Paro porque a sensação, a percepção , o sentimento, seja lá o nome que se dá ao que sinto, dá na mesma, vai tomando completude dentro, levando para o mesmo estado que senti da última vez.

Um sentimento de satisfação de ser gente dentro! Junto a um Sagrado que me nomina, dá sentido de pertencimento, sinaliza que é isto mesmo o que tinha para eu viver.

Mesmo que às margem continuo na persona valente, vez outra, cabocla, dada a sabichona, possuidora das mais loucas e silvícolas emoções, que deverei dar conta de resolver-me em todas elas.

Olhando de qualquer perspectiva para este lago, cuja natureza é de um nada amoroso, só faz é fazer-me ser absorvida por ele.

Não sei se isto é proeza mental, psíquica, anímica, ou espiritual. Sei que Sou Nele.

Por hoje, basta!

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 21/01/2023
Código do texto: T7700966
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