A Arte, e o Novo Tempo 30

O artista a representava, humanidade que havia chegado no novo tempo.

Do inconsciente coletivo, ressurgia como a Fênix.

Saía trazendo a si, para o mundo novo a ser explorado pela mente terráquea.

Onde o Fogo Sagrado continuaria a saturar, o mundo espiritual, e o material, dentro do homem, e fora, forjado pela Mente Divina, num novo que ainda está por vir.

Tudo submetido à atividade da energia fundamental, por ela o agora moldado, idealizado, subordinado, no conteúdo, na forma, na profundidade, e na largura, continuaria inescapável de seu alcance, submetido à lei universal da mudança, Inclusive, e, principalmente, todo achismo, como também, as teorias, a ciência da natureza aplicada na técnica, e nas inovações do mundo virtual.

Nas mais sutis das escolhas, provindas do livre arbítrio do homem, e da criação, aquilo de mais insubordinado, subjacente à natureza das coisas, presente no instinto animal, na flora, no ecossistema, na biosfera, e nas demais extratificações do tempo, e do espaço.

Nada escapará do Inominável, Tremendo, Estupendo Arquiteto, Criador, mantenedor, e Destruidor de tudo que há.

Não teria um canto diminuto do espaço-tempo, nem profundidade mais que mais, que não continuaria sendo alcançado pelo Determinismo Espiritual, que circunda todas as coisas.

O velho e o novo dialogavam no palco. Da consciência do artista, emergia a vontade de renovo, de continuar no propósito.

A vontade!!!! que é percebível no choro do bebê ao nascer, nos trovões, nas tempestades, no afã do coletivo, iniciando o dia depois das tragédias, provocadas ou não pelo homem, cavando o chão para o enterro dos mortos, da limpeza sendo feita, da fraternidade exercida na ajuda, da música no rádio ouvida a distância em meio aos destroços, do anúncio das primeiras peças teatrais, do casamento dos jovens continuando acreditar na completude, das primeiras festas e jantares comemorando datas, da noite de amor de muitos, mesmo que nos lençóis sujos do sangue, onde alguém fora ceifado na guerra acabada há pouco.

O Espírito Maior, que atua em todas as coisas, passeando.

O cupido, fazendo festa, amantes, que se conhecem por meio da guerra, dos paramédicos e enfermeiros curando as machucaduras dos feridos em meio à mortandade.

E o esquecimento do trágico, sendo trabalhado na mente coletiva, e individual, aos poucos; pela religião que acalenta, cria mapa e sentido para o mundo espiritual, justificando o porquê do inexplicável, vez outra, anestesiando a dor.

O entretenimento, a expressão humana nas suas infinitas formas, pela Arte, que usa da magia e do encanto das palavras, para ir dourando o riso da platéia, para que está ressignifique o caos, o choro, e siga.

A Arte é aquela que, na medida em que revela, por vezes, através do inesperado, foge à expectativa da perspectiva, do prognóstico, e do diagnóstico, é perita em despertar no homem, uma das maiores emoções, o sentido do belo.

Acarinha o embrutecimento da certeza da cruel realidade, que pela magia e pelo encanto no atuar no tempo, traz significado, faz do homem Obra de Arte sendo polida e adornada por si mesma, resultado da mistura da dor e do amor, simbolizados nas tragédias encenadas nos palcos dos teatros do mundo.

Somente pela arte, cuja base, é a palavra, o verbo de Deus, Fogo Sagrado, se materializará.

Assim foi, assim sempre será.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 24/02/2023
Código do texto: T7726930
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