A Arte, e o Novo Tempo 31

Da sequência cíclica do Zodíaco, que rege as estações do ano, dentre outros movimentos da natureza, faixa imaginária do firmamento celeste, formado pelas constelações: de Peixes, de Áries, de Touro, de Gêmeos, de Cancer, de Leão, de Virgem, de Libra, de Escorpião, de Ofiúco, de Sagitário, de Capricórnio, e de Aquário, ao Self.

Do Eu germinado, no centro da consciência, em plena unidade com a Fonte Divina Suprema. O movimento cíclico da psiquê, doravante, na plenitude conquistada, há de ser comparado ao do Zodíaco. Os elementos: Fogo, Terra, Ar e Água.

Tudo começa com a inspiração(fogo sagrado), que se materializa(terra- consciência), se espalha( ar-espírito), e então, se dilui(água-emoções), trazendo a obra acabada.

Daí, a síntese da Alquimia Sagrada da realização da obra pelo artista, o que ocorre na imaginação criativa do artesão.

Como será o homem, e a interação dele com a natureza e o cosmo nesta era de Aquário, recém inaugurada?

Isto porque, necessita do toque do Sagrado em si, para a eclosão da imaginação criativa seja desencadeada.

O artesão hefestiano há de ser desperto, o criativo, aquele que terá o poder de forjar o ferro no fogo. Junto, o atributo do entusiasmo e do êxtase dionisíaco, extraindo o artista, a obra, pelas mãos e pela mente, das profundezas do seu interior. A arte na sua melhor expressão.

Como na fala de um analista Junguiano, o artista, quando, logo caindo em si de que estava no palco, saindo da fala derradeira, olha de onde estava para o jovem em repouso. Passaria manifestar conjecturas, perspectivas sobre as ações dele no devir, na era aquariana, de como poderia proceder seu ser, dele para ele mesmo, e para com o mundo.

Fala, como irmão mais velho:

___ Estaria apto a mover-se na psique à partir do centro, do Self, da Grande Mãe Divina que guarda a inspiração, a vontade, que faz-se como meio para a ser realizar-se no Fogo sagrado, de onde havia sido forjado seu ser?

__ Fogo Sagrado! onde passam contatar aqueles que despertaram para o a que veio, traduzindo aquilo que está fora da métrica, aquele que oferece recursos ao artista, para estar interagindo junto à natureza, e ao cosmos, estando ele na essencialidade, de onde obtém matéria prima para o trabalho do artesão da própria vida, do seu ser, do propósito, do a que veio, do porquê e para quê esta a existir.

__ Poria fim ao aniquilamento do novo? Como Hefesto, canalizaria a agressividade, transformando-a em beleza o que quer que tocasse, com isso indicaria para seus irmãos, quando retornasse a cidade, um caminho para a paz, sem derramamento de sangue, contribuindo para uma cultura de respeito ao ser.

Levantou, dirigindo ao menino, exclamando apaixonadamente:

__ a humanidade perdeu-se da sua origem! De sua base instintiva espiritual, de sua natureza inconsciente. Estabeleça, nobre alma, o religare, a união do espírito e da matéria, do consciente com o inconsciente, interrompa o caos no seu trabalho de engolir o novo!torne-se você mesmo!!!

Oh! Quaternário Divino! Realize-se nele!

O artista, ajoelhado ao lado do jovem, olhando para o alto, de onde via-se do teto do palco ,irradiar um facho de luz, disse:

“O um se converte em dois, o dois em três, e é do terceiro elemento que provém o uno como quarto elemento”. (to hen tetarton).

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 25/02/2023
Reeditado em 25/02/2023
Código do texto: T7727744
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