CEDO Ainda

Ainda é cedo.

Quero dormir

Sonhar que voltas.

De novo te abraçar

Na doçura da noite

Perpétua que não finda.

Tão cedo ainda

Por que a dor não morre?

Por que continuo

Se nada mais resta

Foi se a festa

Foi se a luz

Restaram cinzas

Do amor desfeito

a dor sem remédio

A solidão, o desafeto

O túmulo dentro do peito.

Arabela Figueiró
Enviado por Arabela Figueiró em 30/04/2023
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