Quem abre a porta
Quando a saudade bate,
Na porta da solidão
Quem abre a porta é
Um solitário coração.
Abandonado, sofrido,
Largado como um cão,
Assim é o ente que não teve,
Correspondida sua paixão.
Felicidade pra ele é,
Algo que desconhece
Que só florece fora
Do alcance de sua mão.
A pena amiga traz alívio a
Ferida, transformando em poesia
A dor do amor, da paixão,
O manifesto de um coração.
Através do lamento
Regado por inspiração,
Assim vive o poeta que resolveu,
Aceitar entregar ao amor seu coração.