Amor brejeiro
Menina moça de túnica branca
Do paraíso áspero
De desejo do descontrole
Persistes...
Tantos gestos, tantas palavras...
Tudo a flor da boca
Do próprio feminino
Perfeito ao que tem limite
O teu encanto depõe no fundo
Todo teu cativo canto
Verte toda misericórdia de teu hábito
Da cor da púrpura que te cobriu
Nesta tua veste lenta do silêncio
Que tem voz...
És lastimosa ao cortejo que te zela
Ensinas a voar no aprazível
É tão forte e tão frágil
Na concha da matéria que te cobre.
Glória dos banidos
Despencados pelo vacilo
Teu peito é do sorriso amor
Carinho inefável de doçura...
Morte fronte ao homem louco
Entorpecido pelo próprio cortejo.
Fernando A. Troncoso Rocha