Pacto de silêncio III

O desenho era abstrato

Interpretações se faziam

Onde a nona sinfonia

Um dia havia sido orquestrada

Na turnê do amor

Aclamado em praça pública

Foi o álibi perfeito

Do pacote virtual

Desprovido do verdadeiro desejo...

Juras de proteção foram dadas

Pois eram coisas de criança

Próprio da inocência

Cheiro da flor que murchou

Da deslumbrante aurora

Dos nascidos para o amor

Onde brotou catapora

Na reza de que um dia foi de santo

Do amor que bate ponto

O hímen foi quebrado

Da vaquinha de presépio

Na diária da temporada

Da cama repartida

Entre carinhos desperdiçados

Sem o menor amor

Foi cumprido o pacto incerto

Do amor acabado

Que bate ponto

Na hipocrisia dos laços de família

Refém de alguns bens

Conquistados com muito pouco amor.

Fernando A. Troncoso Rocha