Renasceu

Às Margens do Manancial Divino, conseguirão reconciliarem-se consigo mesmos.

Como acontece com toda Alma perdida, que se acha. Como foi na parábola do filho pródigo.

Acontece.

Tanto tempo, tantos séculos! Milênios! Eras, e éons...até que, de cansados, sedentos para saciarem a sede de Vida, da Água da Fonte Universal, se aproximam Dela, por acidente.

Assentando ao solo, que não é solo, em meio ao Jardim, que não é jardim, agachados sobre os pés, fazem é ocultarem as pisadas que tanto marcaram o chão da Terra nas guerras, nas aflições, e nas mortes. Coleção de dramas, batalhas onde buscavam a melhor verdade, o maior poder, ganhar a disputa para estabelecerem o melhor Deus em si.

Restos, restos. Ficam frente a frente, no manancial da bem aventurança, na iminência de morrer de sede, dentro d'água.

Os combatentes, de cansados, nem se lembram dos seus deuses, das suas lutas, das derrotas e das vitórias.

Esqueceram como rezavam , oravam lamentavam, jejuavam, perderam a noção de Deus.

Esquisitóides, com suas fardas sujas, prostrados, dormentes, diante do Indizível Amor Divino. Sem sentí-lo, sem enxergá-lo.

Mas, afinal, estão lá.

Os olhos secos, sem o argumento, sem a crítica descabelada, sem o apoio das neuroses; das formas, dos ritos, dos mitos, dos dogmas, daquelas que colocavam pá de cal, encobrindo as profundezas dos seus seres.

Mas, deixaram delas, muletas, faz de conta, que poderiam nortear o caminho, não salvar, quirelas...cansaram delas, de serem Reis nelas. Havia acabado o tesão.

Na ausência das quimeras, dos sonhos e das mendicância, da vontade de estar para o alimento fraco, fizeram foi levar à initilidade, o solo e as paredes externas.

Emergiu o real, o mundo interior com toda sua realeza...

Caminharam, até que encontraram o manancial da bem aventurança.

Nesta peregrinação, um filho pródigo não vê o outro, estão, cada um dentro dos valores da cultura, da religião que os formataram.

Sentados lado a lado, junto a Fonte da Água da Vida, dirigem seus olhos, adoecidos pela cegueira espiritual, ao fundo do Manancial da bem aventurança, sem enxergarem as

faces espirituais que os constituem, que, na realidade, é Una, é, em essência, a do Senhor da Carruagem, Vida.

*** *** *** ***

Até que Um, sai saltitando, como menino correndo atrás de beija flor, bexiga a esvasiar. Houve o reencontro Dele para Ele mesmo.

O outro, ficaria ali mais algum tempo. No seu tempo.

A Água seria agitada para ele.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 12/06/2023
Reeditado em 12/06/2023
Código do texto: T7812121
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